terça-feira, 12 de maio de 2015

Paulo Sérgio Guimarães da Silva " O Maníaco da Praia do Cassino"





Entre dezembro de 1998 e março de 1999, o pescador Paulo Sérgio Guimarães da Silva, conhecido por "Titica", atacou quatro casais, o que resultou na morte de sete pessoas e deixou tetraplégica uma menina de 14 anos.

Depois que "Titica" começou a agir, os moradores da praia do Cassino, onde aconteceram três dos quatro crimes, tiveram suas rotinas modificadas devido à série de assassinatos.No dia 12 de dezembro de 1998, o casal de namorados Felipe Santos, de 19 anos e Bárbara da Silva, de 22 anos, foi encontrado morto a tiros ao lado do carro estacionado à beira mar. 

Começava aí uma série de sete assassinatos que abalou a praia do Cassino, na cidade de Rio Grande, RS, no verão 1998-1999 e se estendeu até a prisão do réu confesso, o pescador Paulo Sérgio Guimarães da Silva, conhecido por "Titica", em 1º de maio de 1999. 

O segundo casal assassinado, Anamaria Soares, de 31 anos e Márcio Olinto, de 30 anos, foi encontrado no dia 10 de março, na Praia do Totó, na cidade de Pelotas, distante cerca de 60 quilômetros de Rio Grande. Na ocasião, a polícia divulgou que mais de uma pessoa teria cometido os assassinatos devido às provas coletadas no local do crime.Petrick de Almeida, de 18 anos, e Brenda Graebin, de 14 anos, foram o terceiro casal a ser atacado no dia 20 de março, na praia do Cassino. Ele morreu no local e a adolescente, que levou um tiro na nuca, ficou tetraplégica.O quarto casal, Silvio Ibias, de 36 anos e Adriana Simões, de 28 anos, foi morto na madrugada do dia 26 de março, também na praia do Cassino.Treze pessoas foram detidas pelos crimes antes de "Titica" confessá-los.

Dono de um perfil invulgar, o assassino de casais da Praia do Cassino não pode ser tratado como uma pessoa comum. O pretenso surto psicótico do qual teria sido vítima, porém, tende a ser uma esperteza, e não um caso clínico. Guimarães se descontrolou na madrugada do sábado 15, destruindo a cela onde estava no presídio de Rio Grande. Sedado, foi transferido para Porto Alegre, a 330 quilômetros dali. Chegou calmo, alimentou-se bem, tomou banho e pediu para vestir roupas limpas.

Determinado a ter o nome inscrito na galeria dos criminosos seriais, um homem cujo semblante se recusa a exibir traços de arrependimento encara o diretor do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, e desafia: "O senhor sabe que está diante de um dos cinco bandidos mais perigosos do Estado?" A pergunta, feita em tom de advertência, não surpreendeu o psiquiatra Luiz Carlos Coronel, encarregado de comandar a instituição que abriga criminosos com problemas mentais. O pescador Paulo Sérgio Guimarães da Silva, 29 anos, o Maníaco da Praia, confessou ter cometido sete assassinatos para imitar o Maníaco do Parque, Francisco de Assis Pereira, sua inspiração paulista. Preso depois de disseminar o terror na Praia do Cassino, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho, Guimarães atacava casais de namorados. "Ele quer ser o número 1", crê Coronel.

Dono de um perfil invulgar, o assassino de casais da Praia do Cassino não pode ser tratado como uma pessoa comum. O pretenso surto psicótico do qual teria sido vítima, porém, tende a ser uma esperteza, e não um caso clínico. Guimarães se descontrolou na madrugada do sábado 15, destruindo a cela onde estava no presídio de Rio Grande. Sedado, foi transferido para Porto Alegre, a 330 quilômetros dali. Chegou calmo, alimentou-se bem, tomou banho e pediu para vestir roupas limpas.

Convencido de que é uma espécie de super-herói das praias gaúchas, adota o figurino dos bandidos de filmes B - pelos quais tem predileção. No domingo 16 tentou promover novo quebra-quebra na cadeia, chegou a se livrar de uma das algemas, mas ficou nisso. No dia seguinte, foi transferido por decisão judicial, desta vez para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Deixou, em Porto Alegre, a impressão de ter encenado o surto para obter mudança de regime prisional. Não colou. "Em momento algum ele perdeu a orientação, a lógica, a coerência", diz Coronel, o psiquiatra. Em Charqueadas, a 56 quilômetros de Porto Alegre, onde todas as celas são individuais, o Maníaco da Praia instalou-se com tranqüilidade e assim permaneceu. "Está calmo, não houve nenhum problema", diz o capitão André Luís Pithan, da Polícia Militar, subdiretor do presídio. Não se arrisca a prever até quando durará a calmaria.

A decisão de colocar Guimarães em isolamento foi tomada pelo juiz Átila Barreto Refosco, da 1a Vara Criminal de Rio Grande, comarca na qual o caso está sendo conduzido. "Ele está muito instável", comenta. "É melhor esperarmos para ver como se comporta." Caso ocorra novo surto, será solicitado um exame de sanidade mental. A confissão do réu ajuda a fazer com que o processo caminhe. A polícia deverá concluir todos os inquéritos relativos ao caso dentro de uma semana.

Fonte
http://www.folhadodelegado.jex.com.br/













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