quarta-feira, 10 de junho de 2015

Leandro Basílio Rodrigues – “Maníaco de Guarulhos”



Em Guarulhos (SP), na madrugada do dia 27 de agosto de 2008, foi preso um rapaz de 19 anos, que era procurado por ser o suspeito de ter violentado duas mulheres. Mas, nessa noite, ele acabou confessando muito mais: disse ter atacado mais de 50 mulheres e matado duas destas. Segundo a delegada Beatriz Amélia Relva, da Delegacia da Mulher, o jovem, de nome Leandro Basílio Rodrigues, demonstrava frieza, sem menção de arrependimento. Contudo, suas palavras ainda não eram muito confiáveis: segundo a delegada, o jovem é usuário de crack e parecia estar drogado ao ser preso, pois suas respostas eram confusas, contraditórias.

Nos dias seguintes, descobriu-se que ele não mentira muito.

Os números eram incertos, mas realmente Leandro não apenas havia estuprado várias mulheres, como realmente é um assassino em série (ou, popularmente, um “psicopata”). Mais um serial killer brasileiro, o “Maníaco de Guarulhos”.



A compulsão por matar do assassino em série

O caso passou a ser acompanhado pelo Setor de Homicídios de Guarulhos, e o delegado responsável, Jackson César Batista, conversou com Leandro. Disse que o jovem não conseguia explicar porque cometia os crimes. “Matar já é um vício.”, afirmou para o delegado.

As vítimas era levadas a locais ermos, para os quais Leandro as atraía oferecendo drogas.

Fingindo estar com uma arma embaixo da camisa, Leandro as ameaçava e as violentava. Algumas destas mulheres estrupadas, ele assassinou, por estrangulamento. Após o homicídio, as despia completamente e ficava observando o cadáver.

Há ao menos 5 mortes que podem ser imputadas a Leandro Basílio, de mulheres na faixa dos 20 aos 30 anos, sendo que uma destas estava grávida. A primeira pode ter sido sua própria “esposa”, quando ele tinha ainda 17 anos e morava em Minas Gerais – ele afirma que fez isto porque ela o traiu. Após matá-la, colocou fogo em seu corpo – disse aos vizinhos que estava queimando lixo, e depois foi para seu trabalho, tranqüilamente. A avó descobriu, e ele a ameaçou também. Para a polícia, há outros casos que podem ser de autoria do Maníaco de Guarulhos. A investigação continuará.

A primeira vítima a ser identificada foi Gisele Cabral de Souza. A jovem, de 25 anos, foi morta no ginásio municipal de esportes Pascoal Thomeu e seu corpo foi encontrado nu pela polícia. Viviane da Silva Correia, foi morta às 18h do dia 30 de setembro de 2007 na Vila Rio. Aline Sena da Rocha, 19 anos, foi assassinada a cerca de 700 metros do local onde Rodrigues foi preso. Ele também confessou ter esganado a empregada doméstica Juliana Teixeira Nascimento, no dia 30 de maio. 

A polícia identificou Rodrigues porque havia recebido fotos da Delegacia da Mulher, que já o apontava como suspeito de estupros no município. Em 10 dias, ele fez quatro vítimas, duas delas fatais. Duas mulheres que sobreviveram a ataques reconheceram em Rodrigues o criminoso que estrangula suas vítimas. Segundo a polícia, ela escapou com vida porque desmaiou e foi dada como morta pelo criminoso. Ambas foram vítimas de estupro e roubo.

- Reconheci. É o mesmo cara que me atacou. As características são iguais. Aquele rosto eu nunca mais vou esquecer isso na minha vida - disse uma das mulheres.



O problema é que Rodrigues pode ter falado demais por ter consumido crack. Ao ser reconhecido e preso pelo policial militar, ele estava com papel alumínio e cano de PVC usados para consumir a droga. A PM confirmou que ele estava drogado. A delegada indiciou Rodrigues por estupro, roubo e homicídios.

Nos seus contraditórios depoimentos, Leandro posteriormente tentou negar os estupros, dizendo ser impotente por causa das drogas, mas os exames comprovaram que as vítimas foram sim estrupadas. E após a divulgação de sua prisão, mais vítimas de violência sexual apareceram para acusar Leandro.

Dois destes homicídios cometidos pelo “psicopata” ocorreram com apenas 24 horas de intervalo, sendo que o último deles foi poucas horas antes de ser preso, o que evidencia o fenômeno conhecido como “escalada”, comumente observado entre serial killers: os crimes vão crescendo, tornando-se mais agressivos e freqüentes. Ainda menor, Leandro foi detido na FEBEM de Belo Horizonte, por roubo. De lá fugiu e passou por outros estados. Em um dos depoimentos, afirmou ter feito vítimas por onde passou, incluindo-se o estado do Rio de Janeiro.


JULGAMENTO

'Maníaco de Guarulhos' tem pena de 111 anos 
Em 2012, ele havia sido condenado a 25 anos por asfixiar e estuprar garota.
Publicado 23/04/2015 circuitomt.com.br


Leandro Basílio Rodrigues, conhecido como o ‘Maníaco de Guarulhos’, foi condenado a mais de 111 anos de prisão por matar quatro mulheres para fazer sexo com os corpos delas entre os anos de 2007 e 2008. O julgamento ocorreu na última sexta-feira (17), no Fórum de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.

Em 2012, Leandro já havia sido condenado a 25 anos de prisão pelos mesmos crimes de assassinato e vilipêndio de cadáver, mas só contra uma outra mulher.

Pela lei brasileira, um condenado não pode ficar mais de 30 anos preso.

Leandro está detido desde 2008, quando tinha 19 anos de idade. Naquela ocasião, ele ficou conhecido na imprensa como ‘Maníaco de Guarulhos’ por ter confessado que matou e estuprou 50 mulheres, crimes estes que não foram todos comprovados.

De acordo com o Ministério Público (MP), Leandro pode ter feito nove vítimas, todas mulheres, no total: cinco em Guarulhos, duas no Rio e, quando ainda era menor de 18 anos, outras duas em Belo Horizonte. Ele ainda responde por mais 13 crimes, como tráfico de drogas, roubos e estupros.

Na semana passada, Leandro foi considerado culpado pelo júri popular pelos assassinatos de quatro mulheres: Keiliane Leite da Silva (no dia 7 de setembro de 2007), Viviane da Silva Correa (em 30 de setembro de 2007, Juliana Teixeira do Nascimento (entre 29 e 30 de maio de 2008) e Aline Sena da Rocha (26 de agosto 2008).

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, Leandro ainda teve relações sexuais com os cadáveres das vítimas após mata-las.

Segundo o promotor Rodrigo Merli Antunes, ele atraía as mulheres oferecendo droga a elas, depois as levava a um local ermo, onde as espancava e asfixiava. Em seguida, despia os corpos para fazer sexo com eles. “Nos anos de 2007 e 2008 ele matou e vilipendiou o cadáver de quatro jovens, todas mulheres”, argumentou Merli.

“Leandro é portador de personalidade violenta e antissocial, tendo cometido uma série de homicídios com alto grau de repulsividade, tudo a indicar ser um verdadeiro necrófilo e serial killer”, escreveu o promotor na denúncia. “O agente é um assassino em série e nutre pelas mulheres um sentimento de vingança”.




A sentença condenatória de Leandro foi dada pela juíza Maria Gabriela Riscali Tojeira. Ela deu a ele 106 anos de prisão pelos assassinatos das quatro mulheres e mais 5 anos e seis meses de reclusão por violentar sexualmente os cadáveres. O réu, que antes do julgamento chegou a confessar os crimes (indicando nomes das vítimas, datas e locais), negou os assassinatos durante o júri.

Como está preso preventivamente, a espera de outros julgamentos por crimes que cometeu, ele não poderá recorrer da sentença em liberdade.

Em 2012, ele foi condenado a 18 anos de prisão pelo assassinato de Gisele Cabral de Souza, e mais 5 anos de reclusão por ter feito sexo com o corpo dela em agosto de 2008. Gisele foi a última vítima de Leandro. Ela foi atacada no estacionamento de um estádio esportivo. Acabou asfixiada até morrer.O G1 não localizou o advogado de Leandro para comentar o assunto. O condenado estava preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba, no interior de São Paulo.Fonte: G1

Algumas das vítimas

Aline Sena Rocha, de 21 anos, morta em um terreno baldio de Guarulhos





Vanessa Kimura , de 20 anos, foi morta em Cumbica, Guarulhos





Vanessa Batista de Freitas, de 22 anos, morta em Guarulhos. Três inocentes foram acusados pelo crime



Família mostra foto de Renata Cassia de Oliveira, de 18 anos, outra vítima do maníaco


O corpo de Renata foi achado ao lado da linha do trem, em Itaquaquecetuba


Eliria Monteiro Teixeira, mãe de Juliana Teixeira do Nascimento, de 27 anos, assassinada em Guaruhos



Fonte:

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