segunda-feira, 19 de setembro de 2016

ELIZABETH BATHORY, a "Condessa Sangrenta"

Versão contemporânea do retrato original de Elizabeth - final de século 16.

Seu nome em húngaro é Báthory Erzsébet, em eslovaco Alžbeta Bátoriová. Em português, a condessa é referida como Isabel ou Elisabete Báthory. Nascida em 1560, Elizabeth era filha de um soldado aristocrata e irmã do rei governante da Polônia. Sua família vinha de uma das mais antigas casas nobres da Hungria, e seu elmo tinha o símbolo draconiano incorporado pelo rei Sigismundo, na Ordem do Dragão. O clã Bathory teve cavaleiros, juízes, bispos, cardeais e reis, mas entrou em decadência em meados do século XVI, com a linha de sangue real desfigurada por incesto e epilepsia, e a última classe da família possuía alcoólatras, assassinos, sadistas, homossexuais (naquele época considerados criminalmente como desvio) e satanistas.


Brasão dos Bathory

Brasão dos Bathory e a Ordem do Dragão

Erzsébet cresceu em uma época em que os turcos conquistaram a maior parte do território húngaro, que servia de campo de batalha entre os exércitos do Império Otomano e a Áustria dos Habsburgo. A área era também dividida por diferenças religiosas. A família Báthory se juntou à nova onda de protestantismo que fazia oposição ao catolicismo romano tradicional.

Embora fisicamente bonita, Elizabeth foi claramente o produto da genética poluída e de uma formação distorcida. Em toda sua vida, ela esteve sujeita a dores de cabeça cegantes e ataques de desmaio – provavelmente, epiléptica por natureza – que os membros supersticiosos da família diagnosticaram como possessão demoníaca.


Criada na propriedade Bathory aos pés das sorumbáticas Montanhas Cárpatos, Elizabeth foi introduzida ao culto demoníaco na adolescência, por um dos seus tios satanistas. Sua tia favorita, uma das mais notórias lésbicas húngaras, ensinou a Elizabeth os prazeres da flagelação e outras perversões, mas a jovem sempre acreditou que, no que se referia a dor, era melhor dar do que receber.

Quando Elizabeth tinha apenas 11 anos, seus pais contrataram seu futuro casamento com o conde Ferencz Nadasdy, um guerreiro aristocrata. Seu casamento foi adiado até Elizabeth completar 15 anos, finalmente celebrado em 5 de maio de 1575. A noiva manteve seu nome de solteira como sinal de que sua família possuía posição superior à do clã de Nadasdy.

Ferencz Nadasdy

Os recém-casados estabeleceram-se no castelo de Csejthe, no noroeste da Hungria, mas o conde Nadasdy também mantinha outras residências suntuosas em todo o país, cada uma possuindo masmorra e câmara de tortura especialmente projetadas para atender às necessidades de Elizabeth.


Gravura do Castelo Csejthe

As ruínas do Castelo Csejthe

 As ruínas do Castelo Csejthe

 Ecsed, o lago e o antigo castelo

As ruínas do Castelo Csejthe

Nadasdy era frequentemente ausente, por semanas ou meses, a cada vez, deixando sua esposa sozinha entediada, para encontrar sua própria diversão. Elizabeth praticava superficialmente a alquimia, favorecia suas idiossincrasias sexuais com homens e com mulheres, mudava de roupas e joias cinco ou seis vezes por dia, e admirava-se em espelhos de tamanho natural por horas. Acima de tudo, quando estava com raiva, tensa ou simplesmente entediada, a condessa torturava as serventes por esporte.

Uma das maiores fontes de irritação nos primeiros anos de casamento, foi a sogra de Elizabeth. Ansiosa por netos, a mãe de Nadasdy importunava incessantemente Elizabeth por sua falha em conceber. Elizabeth teria finalmente filhos após dez anos de casamento, mas não sentiu o impulso maternal. As jovens criadas da casa logo começaram a temer as visitas da mãe de Nadasdy, sabendo que outra rodada de ataques brutais se seguiriam, inevitavelmente, à partida da velha senhora.

A DIVERSÃO DE ELIZABETH

No que se referia à tortura, a condessa bissexual possuía uma imaginação feroz. Alguns de seus truques foram aprendidos na infância e outros foram retirados da experiência de Nadasdy na batalha com os turcos, mas ela também inventava suas próprias técnicas. Pinos e agulhas eram as práticas favoritas, perfurando os lábios e mamilos de suas vítimas, algumas vezes cravando agulhas sob suas unhas. “A pequena sórdida!”, zombava ela enquanto sua vítima se contorcia de dor. “Se dói, ela só tem que retirá-los”, dizia Elizabeth, que também se divertia mordendo suas vítimas na bochecha, peito e em qualquer outro lugar, retirando sangue com seus dentes. Outros cativos foram despidos, lambuzados com mel e expostos a ataques de formigas e abelhas.

Foi relatado que o conde Nadasdy acompanhava Elizabeth em algumas das sessões de tortura, mas com o tempo ele passou a temer a esposa, passando cada vez mais tempo na estrada e nos braços de suas amantes. Quando ele finalmente morreu em 1600 ou 1604 (os dados variam), Elizabeth perdeu toda moderação (que já não tinha), devotando-se em tempo integral a atormentar e a degradar sexualmente jovens mulheres.



Em curto espaço de tempo, ela ampliou seu escopo do pessoal da família para incluir estranhos em idade de casar. Empregados de confiança percorreram o campo em busca de presas frescas, seduzindo meninas camponesas com ofertas de emprego, recorrendo a drogas ou à força bruta à medida que a difusão dos rumores estreitava as fileiras de recrutas voluntárias. Nenhuma que entrasse para o serviço de Elizabeth escapava viva, mas os camponeses tinham poucos direitos legais naqueles dias, e uma mulher nobre não era culpada perante seus pares se a “disciplina” em sua casa fugisse de controle.



Por volta dos 40 anos, Elizabeth planejou e presidiu um holocausto particular: estimulada por sua enfermeira Ilona Joo e a alcoviteira Doratta Szentes – conhecida como “Dorka” – Elizabeth devastou o campo, reivindicando vítimas camponesas de acordo com sua vontade. Ela carregava pinças de prata especiais, projetadas para arrancar a carne, mas também ficava confortável com pinos e agulhas, ferrete e atiçador incandescente, chicote e tesoura... quase tudo. Os cúmplices da casa desnudavam suas vítimas, mantendo-as abaixadas, enquanto Elizabeth rasgava seus peitos em tiras e queimava suas vaginas com a chama da vela, algumas vezes mordendo grandes pedaços de carne de seus rostos e corpos. Uma vítima foi forçada a cozinhar e comer uma tira da própria carne, enquanto outras foram mergulhadas em água fria e deixadas para congelar na neve.


Pintura de 1893 do Húngaro impressionista Istvan Csokque, que mostra vítimas da condessa sendo mergulhadas em água fria para serem deixadas a congelar na neve.



Algumas vezes, Elizabeth forçava a abertura da boca da vítima com tal força que os maxilares separavam-se. Em outras ocasiões, os serventes faziam o trabalho sujo, enquanto Elizabeth andava ao lado, gritando: “Mais! Mais ainda, mais forte ainda!”, até que desfalecia inconsciente de tão excitada.

Um “brinquedo especial” de Elizabeth era uma jaula cilíndrica construída com longas pontas na parte interna. Uma garota nua era colocada à força na jaula e então elevada a alguns metros do chão por meio de uma polia. Elizabeth ou um de seus serventes girava a gaiola com um atiçador incandescente, golpeando a garota e forçando-a contra as pontas afiadas à medida que ela tentava escapar. No papel de observadora ou de participante ativa, Elizabeth era sempre boa para incessantes comentários de sugestões e “piadas” doentias, passando para cruas obscenidades e incoerente murmúrio à medida que a noite avançava.

Na Idade Média era uma questão simples descartar a vítima sem vida: algumas foram queimadas, outras foram deixadas para se decompor nos arredores do castelo, enquanto algumas foram deixadas do lado externo para alimentar lobos e outros predadores locais. Se um corpo desmembrado fosse periodicamente encontrado, a condessa não temia nenhuma ação penal. Naquele lugar e época, o sangue real era a proteção final. Era também de alguma ajuda um dos primos de Elizabeth ser o Primeiro-Ministro húngaro e outro servir como Governador da província em que ela vivia.

Elizabeth, finalmente, excedeu (mais!?) em 1609, mudando de infelizes camponesas para filhas de nobres menores, abrindo o castelo Csejthe para oferecer “instruções de etiqueta” a 25 inocentes, escolhidas a dedo; dessa vez, quando nenhuma das vítimas sobreviveu, as reclamações atingiram os ouvidos do rei Mathias, cujo pai compareceu ao casamento de Elizabeth. O rei, por sua vez, designou o mais próximo vizinho de Elizabeth, conde Gyorgy Thurzo, a investigar o caso.

Gyorgy Thurzo

Em 26 de dezembro de 1610, Thurzo fez uma incursão tarde da noite no castelo de Csejthe e surpreendeu a condessa com as mãos vermelhas devida a uma sessão de tortura orgíaca em andamento.

Prisão e morte

No início do verão de 1610, tiveram início as primeiras investigações sobre os crimes de Isabel Báthory. Todavia, o verdadeiro objetivo das investigações não era conseguir uma condenação, mas sim confiscar-lhe os bens e suspender o pagamento da dívida contraída ao seu marido pelo rei Matias II.

Elizabeth foi presa no dia 26 de dezembro de 1610. O julgamento teve início alguns dias depois, conduzido pelo Conde Thurzo, a quem muito convinha a condenação da condessa. Uma semana após a primeira sessão, foi realizada uma segunda, em 7 de janeiro de 1611. Nesta, foi apresentada como prova uma agenda encontrada nos aposentos de Elizabeth, a qual continha os nomes de 650 vítimas, todos registrados com a sua própria letra.

Elizabeth não esteve presente em nenhuma das sessões do julgamento. Seus cúmplices foram condenados à morte, sendo a forma de execução determinada por seus papéis nas torturas: Ficzko foi decapitado e queimado; Dorka, Helena e Erzsi viram seus próprios dedos serem cortados e foram atiradas para a fogueira ainda vivas. Apenas Katarina foi ilibada e sua vida poupada, provavelmente devido a esta se ter envolvido amorosamente com um dos juízes. Elizabeth foi condenada à prisão perpétua, em solitária. Foi encarcerada em um aposento do castelo de Čachtice, sem portas ou janelas. A única comunicação com o exterior era uma pequena abertura para a passagem de ar e de alimentos. A condessa permaneceu aí os seus três últimos anos de vida, tendo sido encontrada morta em 21 de agosto de 1614, não se sabendo ao certo a data da sua morte, já que foram encontrados no aposento vários pratos de comida intactos. Foi sepultada nas terras dos Báthory, em Ecsed.



Julgamento e documentos

No julgamento de Elizabeth, não foram apresentadas provas sobre as torturas e mortes, baseando-se toda a acusação no relato de testemunhas. Foi encontrado um diário no quarto da condessa, no qual estavam registrados os nomes de cada vítima de Báthory com sua própria letra. É de destacar, também, que as confissões dos cúmplices de Báthory acerca dos crimes desta foram obtidas sob tortura. Após sua morte, os registros de seus julgamentos foram lacrados porque a revelação de suas atividades constituiriam um escândalo para a comunidade húngara reinante. O rei húngaro Matias II proibiu que se mencionasse seu nome nos círculos sociais.


A lenda Bathory cresceu ao ser contada, e muitas das narrativas recentes incorporaram narrações de vampirismo e banhos ritualísticos de sangue supostamente auxiliando Elizabeth a “permanecer jovem”. O fetiche sanguinário de Elizabeth normalmente ligado ao derramamento de sangue de alguma garota camponesa que, acidentalmente, teria respingado na condessa, se deve ao fato de Elizabeth ter se impressionada por sua pele parecer mais pálida e translúcida que o normal após esse evento – traços considerados belos naqueles dias, antes da descoberta do “bronzeado californiano”.


Estátua da Condessa em Csejthe

Estátua da Condessa em Csejthe

De fato, o extenso testemunho no julgamento de Elizabeth não fez menção literal aos banhos de sangue. Algumas vítimas foram drenadas do sangue por ferimentos brutais ou intencionalmente, mas a retirada deliberada de sangue foi ligada à prática de alquimia e magia negra por Elizabeth. De qualquer forma, sua atividade homicida começou quando ela estava na adolescência ou por volta de seus 20 anos, muito antes que a ameaça de envelhecimento sequer cruzasse seus pensamentos.



O filme "A Condessa de Sangue" foi baseado em sua história, questionando alguns atos atribuídos à Elizabeth...



Descendência

  • Anastasia (1574);
  • Anna Nadasdy (1585), casada com o conde Miklós VI de Zrinyi;
  • Orsolya Nadasdy (1586);
  • Katalin Nadasdy (1594), casada com o conde Gyorgy de Drugeth e Homonna ;
  • Paul Nadasdy (1598-1650), casado com Judith Revay;

Báthory na cultura popular

Devido aos supostos crimes horrendos que teria cometido, Báthory tornou-se numa das personagens históricas mais inspiradoras da arte, nomeadamente a gótica: incontáveis referências lhe têm sido feitas nas áreas do cinema, literatura, música, entre outros.

Lendas

Não foi senão cem anos mais tarde que um padre jesuíta, László Turoczy, localizou alguns documentos originais do julgamento e recolheu histórias que circulavam entre os habitantes de Čachtice. Turoczy incluiu um relato de sua vida no livro que escreveu sobre a história da Hungria. Seu livro sugeria a possibilidade de Isabel ter-se banhado em sangue. Publicado no ano de 1720, o livro surgiu durante uma onda de interesse pelo vampirismo na Europa oriental. Assim começou a espalhar-se o mito de que Elizabeth eventualmente bebia e se banhava no sangue das meninas que matava.

Escritores posteriores retomariam a história, acrescentando alguns detalhes. Duas histórias ilustram as lendas que se formaram em torno de Erzsébet Báthory, apesar da ausência de registros jurídicos sobre sua vida e das tentativas de remover qualquer menção a ela na história da Hungria:

Diz-se que certo dia a condessa, já sem o frescor da juventude, estava a ser penteada por uma jovem criada, quando esta puxou os seus cabelos acidentalmente. Instintivamente, Erzsébet virou-se para ela e espancou-a com tamanha brutalidade, que algum sangue espirrou e algumas gotas caíram na sua mão. Ao remover o sangue, pareceu-lhe que este havia rejuvenescido a sua pele. Foi após esse incidente que passou a banhar-se em sangue de virgens, pois estas não estavam corrompidas pelo pecado original, sendo assim seu sangue puro e eventualmente milagroso. Reza a lenda que, em um calabouço, existia uma gaiola pendurada no teto construída com lâminas, ao invés de barras. A condessa se sentava em uma cadeira embaixo desta gaiola. Então, era colocada uma donzela nesta gaiola e Ficzko espetava e atiçava a prisioneira com uma lança comprida. Esta se debatia, o que fazia com que se cortasse nas lâminas da gaiola, e o sangue resultante dos cortes banhava Erzsébet.



Uma segunda história refere-se ao comportamento de Erzsébet após a morte do marido, quando se dizia que ela se envolvia com homens mais jovens. Numa ocasião, enquanto passeava na aldeia na companhia de um desses homens, viu uma mulher de idade avançada e perguntou a ele: "O que farias se tivesses de beijar aquela bruxa velha?". O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao ouvir o diálogo, acusou Erzsébet de excessiva vaidade e acrescentou que a decadência física era inevitável, mesmo para uma condessa. Diversos historiadores têm relacionado a morte do marido de Erzsébet e esse episódio com seu receio de envelhecer.


Hoje em dia, também há quem creia que a condessa tenha sido, ela própria, uma vítima da ambição humana: ela era a mulher mais rica da Hungria, o próprio rei lhe devia uma fortuna, seu latifúndio correspondia a cerca de 2/3 do território húngaro e ela era, de longe, a aristocrata mais poderosa do clã Bathory. Nunca foram encontradas provas concretas dos crimes bárbaros creditados à condessa, podendo toda a história da sua vida ter sido forjada pelos nobres da época.


Literatura

Alguns livros, contos e poemas sobre ou inspirados na vida da condessa Erzsébet Báthory são:




  • "Samyaza" - 2013 - da brasileira Susy Ramone, onde Báthory é descrita como filha de Samyaza, um anjo caído;


  • "Modern Marvels – Viktoriana" - 2011 - de Wayne Reinagel, onde Báthory é descrita como filha de Drácula;

  • "The Countess" - 2010 - por Rebecca Johns (uma biografia romantizada da condessa);

  • "En, Báthory Erzsébet" ("Eu, Isabel Báthory") - 2010 - da escritora húngara Mária P. Szabó;

  • "Unkarilainen taulu" ("O Retrato Húngaro") - 2008 - do autor finlandês Mikko Karppi;

  • "O Legado de Bathory" - 2007 - do autor brasileiro Alexandre Heredia;

  • "This Rough Magic" (2003) e "Much Fall of Blood" (2010), livros da série "Heirs of Alexandria" dos autores Mercedes Lackey, Eric Flint e Dav Freer, apresentam Erzsébet como uma das principais vilãs;
  • "The Blood Confession" - 2006 - de Alisa M. Libby;

  • "The Trouble With the Pears" - 2006 - por Gia Bathory Al Babel;

  • "Dead On My Feet" - 2003 - segundo livro da série "Half/Life" do escritor William Mark Simmons, onde o protagonista Chris Csejthe é apresentado como descendente da condessa. O enredo, nomeadamente neste segundo livro da série, é centrado na questionável inocência de Katarina Beneczky.

  • "Ella, Drácula" - 2002 - do autor espanhol Javier García Sánchez;

  • "Buffy the Vampire Slayer" - 1998 - um dos contos apresentados no primeiro volume editado da série, "Die Blutgrafin", é passado no castelo de Isabel em 1609. É dada a Ildikó a missão de matar a suposta vampira, que se dizia beber sangue a fim de manter-se jovem para sempre;
  • "The Blood Countess" - 1995 - por Andrei Codrescu;
  • "Daughter of the Night" - 1994 - Elaine Bergstrom;

  • "Anno Dracula" - 1992 - de Kim Newman, apresenta Elizabeth Báthory como uma familiar do rei dos vampiros, Drácula;

  • "The Blood Countess, Erzsébet Báthory of Hungary (1560–1614: A Gothic Horror Poem of Violence and Rage)" - 1987 - do poeta americano Robert Peters;
  • "Rumfuddle" - 1973 - por Jack Vance;
  • "62: Modelo para Armar" - 1968 - do escritor espanhol Julio Cortázar, refere-se em muitas passagens à condessa Bathory;
  • "The Bloody Countess" - 1968 - uma pequena novela gótica da autora argentina Alejandra Pizarnik;
  • "Sanguinarius" - 1961 - segundo livro da trilogia "Sardonicus", do autor Ray Russell, onde a própria Erzsébet Báthory narra a sua história e os seus crimes;
  • "Báthory Erzsébet" - 1940 - de Kálmán Vándor;

  • "Ördögszekér" ("O Vagão do Diabo") - 1925 - por Sándor Makkai (aqui é contada a história de um romance incestuoso entre os sobrinhos de Isabel, Gábor Báthory e Anna, adotados pelo irmão mais velho da condessa, Estêvão Báthory;
  • "Drácula" - 1897 - de Bram Stoker. O mais famoso vampiro do mundo é inspirado nas histórias e crimes envolvendo tanto a condessa Erzsébet Bathory quanto o príncipe Vlad III, o Empalador;

  • "Ewige Jugend" ("Juventude Eterna") - 1886 - por Leopold von Sachor-Masoch;
  • "Carmilla" - 1872 - o primeiro romance vampiresco da história da literatura, escrito por Sheridan Le Fanu. Conta a história da jovem Laura, que é lentamente atacada e seduzida por uma vampira de nome Carmilla, que é, na verdade, um disfarce da condessa Mircalla Karnstein, supostamente morta há séculos.


  • "Báthory Erzsébet: történeti beszély két énekben" ("Erzsébet Báthory: Um Conto Histórico em Dois Cânticos") - 1847 - do poeta húngaro Sándor Vachott;
Televisão

Báthory serviu de inspiração para a criação da Condessa Elizabeth, personagem da 5ª temporada do seriado American Horror Story intitulada "Hotel". A Condessa foi interpretada por Lady Gaga, papel que lhe rendeu um Globo de Ouro em 2016.


Cinema

A vida de Erzsébet Báthory foi várias vezes retratada no grande ecrã. Exemplos mais recentes são o drama gótico The Countess ou o épico Bathory: Countess of Blood, ou o clássico Countess Dracula, estrelado por Ingrid Pitt.
  • Fright Night 2 - 2013 - com Jaime Murray interpretando Elisabeth Bathory



  • Chastity Bites - 2013 - com Louise Griffiths interpretando "Liz Batho";


  • Epitaph: Bread and Salt - 2013 - com Kaylee Williams interpretando "Liz Bathory";

  • Die Blutgrafin - 2011;

  • 30 Days of Night: Dark Days - 2010;

  • The Countess - 2009 - com Julie Delpy produzindo, dirigindo e interpretando Erzsébet Báthory;

  • Bathory: Countess of Blood - 2008 - com Anna Friel interpretando Erzsébet Báthory;

  • Blood Scarab - 2007 - com Monique Parent como Elizabeth Bathory;

  • Demon's Claw - 2006 - com Kira Reed no papel de Bathory;

  • Dracula's Curse - 2006 - com Christina Rosenberg interpretando "Ezabet Bathorly";

  • Stay Alive - 2006 - com Maria Kalinina como Elizabeth Bathory;

  • Os Irmãos Grimm - 2005 - com Monica Bellucci interpretando a rainha má que precisa matar 12 virgens para ter sua juventude eterna de volta;

  • Eternal - 2004 - a história macabra da condessa Báthory revivida nos tempos modernos;

  • Tomb of the Werewolf - 2004 - com Michelle Bauer no papel de Isabel Báthory;

  • Killer Love - 2002 - enredo desencadeado pela história do banho de sangue;

  • Bathory - 2000 - com Diane Witter interpretando Elizabeth e Carole Roggier como Anna Darvulia;

  • La Mort Mystérieuse de Nina Chéreau - 1988 - inspirado na história de Isabel Báthory;

  • Night of the Werewolf - 1981 - com Julia Saly como Bathory;

  • Thirst - 1979 - com Chantal Contouri interpretando uma descendente direta da condessa;

  • Immoral Tales - 1974 - com Paloma Picasso como Condessa Elizabeth Bathory;

  • Ceremonia Sangrienta - 1973 - com Lucia Bosé como Erzébet Bathory;

  • Curse of the Devil - 1973 - com Maria Silva interpretando Elizabeth Bathory;

  • Daughters of Darkness - 1971 - com Delphine Seyrig como Condessa Bathory;

  • Countess Dracula - 1970 - de Peter Sasdy - com Ingrid Pitt como Condessa Elizabeth;

  • Necropolis - 1970 - dirigido por Franco Brocani e com Viva Auder no papel de Báthory;

Música

Desde óperas a peças brutais de black metal, as referências à "Condessa de Sangue" no mundo da música são imensas, havendo, inclusive, uma gravadora nomeada "Erzsébet Records" em homenagem à condessa:



  • "Báthory Erzsébet" - um musical de 2012 composto pelos húngaros György Szomor e Péter Pejtsik;
  • "Beauty Through Order" é uma canção da banda de thrash metal Slayer, do álbum de 2009 World Painted Blood;



  • "Elizabeth" é uma das canções presentes no álbum "Knives", de 2009, da banda de horror punk Aiden;

  • A banda russa de black metal Messiya produziu em 2009 um EP intitulado "Erzebet";
  • A banda de doom metal Candlemass lançou em 2009 o álbum "Death Magic Doom", que inclui uma canção chamada "The Bleeding Baroness", obviamente contando a história do banho de sangue;

  • "Well Dressed Killing Machine" (2009) é um álbum conceitual sobre a condessa, escrito pela banda de heavy metal Ellsbeth, cujo próprio nome é inspirado em Elizabeth;

  • "Bathe In Blood", canção da banda de Thrash Metal Evile, do álbum "Enter The Grave" (2007);

  • "La Condesa Inmortal" (2007) é outro álbum conceitual dedicado a Bathory, da banda mexicana de heavy metal Erzsébeth;

  • "Resurrection" (2003) e "Schwarzer Engel" (2005) são os primeiros EPs da banda gótica espanhola Forever Slave, descritos pela vocalista Lady Angellyca como duas pequenas óperas góticas sobre a Condessa de Sangue;

  • "Bathory's Sainthood", do álbum homônimo da banda de hardcore americana Boy Sets Fire, de 2003;

  • A banda de symphonic metal Kamelot compôs, em 2001, para o álbum Karma, uma série de três canções contando a história de Bathory: "Elizabeth I: Mirror, Mirror", "Elizabeth II: Requien For The Innocent" e "Elizabeth III: Fall From Grace";

  • "Erzsébet: The Opera" - uma ópera de 2001 escrita por Dennis Bathory-Kitsz, um provável descendente da linhagem Báthory-Nádasdy;

  • O tema "Villa Vampiria", do álbum "Ravenous" de 2001, da banda God Dethroned faz referência a Elizabeth;

  • A banda britânica de extreme metal Cradle of Filth lançou em 1998 um álbum conceitual intitulado Cruelty and the Beast, inteiramente dedicado a Bathory. Existem duas capas oficiais para o álbum, ambas retratando uma mulher banhada em sangue. A banda faz frequentes referências a Elizabeth Báthory em todos os seus álbuns;

  • "Elizabeth" é uma canção da banda tcheca de gothic rock XIII Stoleti, do álbum "Ztraceni v Karpatech" de 1998;

  • "Countess Bathory/Bathorycka" - uma ópera de 1994 escrita pelos eslovacos Ilja Zeljenka e Peter Maťo;

  • Os X Japan incluem no álbum de 1989 Blue Blood uma canção dedicada a Bathory, chamada "Rose of Pain";

  • "Elizabeth Bathory" é uma canção do álbum de 1988 "Anno Domini", da banda húngara de black metal Tormentor. em 1997, os suecos Dissection realizaram um cover da canção, presente no EP "Where Dead Angels Lie";

  • O b-side do single Cities in Dust, da banda Siouxsie and the Banshees, uma canção chamada "An Execution", é baseada na história de Elizabeth Bathory;

  • "Countess Bathory" é o maior êxito da banda de black metal Venom, presente no seu álbum de 1982 "Black Metal";

  • A mais influente banda de black metal da Suécia, tomou o seu nome da Condessa de Sangue: Bathory. Além disso, a mesma banda compôs o tema "Woman of Dark Desires", em homenagem a ela (mais tarde regravada pela banda de Black Metal Marduk);

  • "Báthory Erzsébet" - uma ópera húngara de 1913 composta por Sándor Szeghő;

  • "Elizabeth" da banda de rock'n'roll sueca Ghost B.C.

  • "Elizabetha" é uma canção da banda austríaca de Gothic/Doom Metal Darkwell baseada na vida de Isabel Bathory e inclusa no álbum "Conflict of Interest" de 2002.

  • A banda brasileira de Melodic Death Metal "Malefactor" incluiu no seu último álbum "Anvil Of Crom" a faixa de nome "Elizabathory", também em referência à Elizabeth Bathory.

Em Maio de 2014, a banda de black metal brasileira "Disrupt Christ", gravou sua demo The Evil Is Real (Baphomet). A terceira faixa da demo tem o título de "Elizabeth Bathory (The Lady of Satan)".



Fontes:
faceobscura.blogspot.com.br
wikipedia.org