Abraão José foi descrito como um bom funcionário, atencioso com pacientes e familiares. Trabalhava no instituto desde 2003 e também dava plantão na Unidade Intermediária do Hospital Estadual Albert Schweitzer e na pediatria do Miguel Couto.
Abraão José Bueno, o monstro de jaleco
Abraão José Bueno nascido em 1977, é um ex-enfermeiro brasileiro acusado de ser assassino em série (serial killer) no Brasil.
Em 2005 ele foi condenado a 110 anos de prisão pelo assassinato de quatro crianças e tentativa de assassinato de outras quatro.
Bueno trabalhava como enfermeiro no Instituto de Puericultura Martagão Gesteira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na cidade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Em 2005, Bueno, trabalhando em uma ala das crianças, começou a injetar bebês e crianças mais velhas com overdose de sedativos, levando-os a parar de respirar. Ele então chamava os médicos para ressuscitá-los. No curso de um mês, acredita-se que até quinze crianças terem sido alvo, todos com idades entre um e dez. Muitos sofriam de AIDS (SIDA) e leucemia.
Bueno foi preso em novembro de 2005. Em 15 de Maio de 2008, ele foi condenado pelo juiz Valéria Caldi de quatro acusações de homicídio e quatro tentativas de homicídio. Ele foi condenado a 110 anos no total.
Acredita-se que Bueno cometeu seus crimes para que ele pudesse ser o primeiro a notar um problema com um paciente e assim ganhar o respeito e a admiração de seus colegas de trabalho.
O JULGAMENTO:
RIO DE JANEIRO - O Ex-técnico de enfermagem Abraão José Bueno, de 30 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri Federal a 110 anos de reclusão em regime fechado por oito homicídios, triplamente qualificados, de crianças internadas no Instituto de Puericultura Martagão Gesteira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os crimes ocorreram em 2005. Ele provocou a morte de quatro crianças e tentou assassinar outras quatro.
O julgamento, que teve início na última terça, foi encerrado às 6h desta quinta-feira, depois de 35 horas de duração. José Bueno respondia ao processo preso desde que foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), em dezembro de 2005.
O Júri considerou que os homicídios foram triplamente qualificados por terem sido cometidos por motivo torpe, pois o acusado buscou obter prestígio profissional e satisfação pessoal. Além disso, também considerou que os crimes foram feitos de forma insidiosa, já que o condenado aproveitou-se da sua condição pessoal de técnico de enfermagem, pois era responsável pelo cuidado das vítimas e tinha conhecimento sobre os quadros clínicos das mesmas.
Ele também escolhia o melhor momento para nelas injetar medicamento não prescrito e mantendo-se ao lado das vítimas, escondendo da equipe médica a causa do súbito agravamento das crianças.
Segundo a denúncia, o ex-técnico de enfermagem, conhecendo as condições de saúde dos pacientes, injetava nas vítimas - todas crianças - medicamentos sedativos, barbitúricos e bloqueadores musculares sem prescrição médica ou em doses mais elevadas, levando-as a sofrer súbitas paradas respiratórias e agravando o estado geral de saúde. Com isso, pelo menos quatro morreram.
"O julgamento desse acusado pelo Júri Popular reflete a resposta da sociedade aos atos hediondos que ele praticou e uma satisfação às famílias das crianças vitimizadas e que sofrem até hoje pelos graves fatos ocorridos no Hospital", afirma o procurador da República José Augusto Vagos.
Fonte:
ultimosegundo.ig.com.br
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