sexta-feira, 6 de março de 2015

Pedrinho Matador



Pedro Rodrigues Filho, vulgo Pedrinho Matador, nascido em Santa Rita do Sapucaí (MG), em 1954 é um psicopata, considerado o maior serial killer brasileiro.

Matou pela primeira vez aos catorze anos e seguiu matando e hoje acumula mais de cem homicídios, incluindo o do próprio pai, sendo que 47 pessoas foram mortas dentro dos presídios pelos quais passou. Ainda não respondeu por todos os crimes, mas já foi condenado a quase quatrocentos anos de prisão, a maior pena privativa de liberdade já aplicada no Brasil.




Nasceu numa fazenda em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais, com o crânio ferido, resultado de chutes que o pai desferiu na barriga da mãe durante uma briga. Conta que teve vontade de matar pela primeira vez aos 13 anos. Numa briga com um primo mais velho, empurrou o rapaz para uma prensa de moer cana. Ele não morreu por pouco. 



Aos 14 anos ele matou o vice-prefeito de Alfenas, Minas Gerais, por ter demitido seu pai, um guarda escolar, na época acusado de roubar merenda escolar. Depois matou outro vigia, que supunha ser o verdadeiro ladrão. Refugiou-se em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde começou a roubar bocas-de-fumo e a matar traficantes. 


Conheceu a viúva de um líder do tráfico, apelidada de Botinha, e foram viver juntos. Assumiu as tarefas do falecido e logo foi obrigado a eliminar alguns rivais, matando três ex-comparsas. Morou ali até que Botinha foi executada pela polícia. Pedrinho escapou, mas não deixou a venda de drogas. Pedrinho escapou, mas não deixou a venda de drogas. 'Contratou' soldados e montou o próprio negócio.




Em busca de vingança pelo assassinato da companheira, matou e torturou várias pessoas, tentando descobrir os responsáveis. O mandante, um antigo rival, foi delatado por sua ex-mulher. Pedrinho e quatro amigos o visitaram durante uma festa de casamento. Deixaram um rastro de 7 mortos e 16 feridos. O assassino ainda não tinha completado 18 anos.



Ainda em Mogi, executou o próprio pai numa cadeia da cidade, depois que este matou sua mãe com 21 golpes de facão. A vingança do filho veio com atos de canibalismo: além das facadas, arrancou o coração do pai e comeu um pedaço.




Pedrinho pisou na cadeia pela primeira vez em 1973 e ali viveu toda a idade adulta. Em 2003, apesar de já ter sido condenado a 126 anos de prisão, esteve para ser libertado, pois a lei brasileira proíbe que alguém passe mais de 30 anos atrás das grades. Mas, por causa de crimes cometidos dentro dos presídios, que aumentaram suas penas para quase 400 anos, sua permanência na prisão foi prorrogada pela Justiça até 2017. Pedrinho contava com a liberdade para refazer sua vida ao lado da namorada, uma ex-presidiária cujo nome ele não revela. Eles se conheceram trocando cartas. Depois de cumprir pena de 12 anos por furto, ela foi solta e visitou Pedrinho no presídio de Taubaté.




Por ser contra a violência e abuso sexual contra mulheres, Pedrinho afirmou:



"Vou matar o motoboy"


"Hoje o meu maior sonho é ficar sozinho com ele, o meu sonho é quebrar aquele pescoço. O que ele fez não se faz não. Matou um monte de menininhas indefesa. Tenho ódio."

se referindo ao Maníaco do Parque, um estuprador brasileiro, também muito conhecido. Promessa que não foi cumprida...

Entrevistado certa vez Pedrinho disse sobre matar:

"É um vício, um hábito... eu gosto de matar na faca, mas quando não tem vai na mão mesmo."

Sua fama de justiceiro justifica-se por algumas de suas frases:

"Esses caras vem pra cá (cadeia) comer de graça... tudo bandido, estuprador... se deixar eu perto eu mato mesmo, não gosto de bandido perto de mim não."

Algumas de suas brigas de prisão ficaram famosas como as com Hosmany Ramos e o Bandido da Luz Vermelha.


Em meados dos anos 90 Pedrinho tentou matar Hosmany Ramos. Ramos havia delatado para o diretor do presídio uma fuga de presos que aconteceria na penitenciária. Pedrinho foi falar com ele e levou um soco na boca. Ramos foi salvo da morte por um grupo de carcerários que interviram na briga. Começava aí uma guerra particular entre os dois. Tempos depois Ramos mandou um bolo envenenado para pedrinho que foi salvo depois de engolir uma lata inteira de leite em pó para desintoxicar.

Hosmany Ramos à esquerda ao ser preso por assalto à banco e assassinato e à direita após sair da prisão. Ramos era um médico famoso, trabalhava com um dos maiores nomes do mundo na cirurgia plástica, Ivo Pitanguy e frequentava a alta sociedade carioca nos anos 70. Vindo de familia rica, nunca precisou de dinheiro. Mas em 1981 o Brasil inteiro se surpreendeu quando ele foi preso por assalto e homicídio. Em 1996 saiu em liberdade condicional e participou de um sequestro. Foi condenado a mais 32 anos de prisão. Em 2008 aproveitou o indulto de natal e fugiu para a Islândia, Foi extraditado e continua preso.

Com outro famoso bandido brasileiro, o Bandido da Luz Vermelha, Pedrinho teve suas rixas.

"Dei uma paulada na cabeça dele. Foi uma particular entre eu e ele, Ele era muito pilantra."


João Acácio Pereira da Costa, o Bandido da Luz Vermelha. Notório assassino brasileiro que espalhou o terror em São Paulo nos anos 70 com uma onda de assaltos, estupros e assassinatos. Foi condenado a mais de 350 anos de prisão. Foi solto em 1997, aos 55 anos de idade, e foi para a cidade de Ananindeua no Pará. Quatro meses depois foi morto em Joinville com um tiro de espingarda depois de tentar estuprar a mãe de um tratador de animais.

Certa vez, numa prisão de Araraquara, no interior de São Paulo, degolou com uma faca sem fio o homem acusado do assassinato de sua irmã.

"Ele era meu amigo, mas eu tive de matar."




Jurado de morte por companheiros de prisão, Pedrinho é um fenômeno de sobrevivência no duro regime carcerário. Dificilmente um encarcerado dura tanto tempo. Matou e feriu dezenas de companheiros para não morrer. 



Certa vez, atacado por cinco presidiários, matou três e botou a correr os outros dois. Matou um colega de cela porque 'roncava demais' e outro porque 'não ia com a cara dele'. Para não deixar dúvidas sobre sua disposição de matar , tatuou no braço esquerdo: 'Mato por prazer'.




Pedrinho é a descrição perfeita do que a medicina chama de psicopata - alguém sem nenhum remorso e nenhuma compaixão pelo semelhante. Os psiquiatras que o analisaram em 1982 para um laudo pericial, escreveram que a maior motivação de sua vida era 'a afirmação violenta do próprio eu'. Diagnosticaram 'caráter paranoide e anti-social'.




Após permanecer 34 anos na prisão, foi solto no dia 24 de abril de 2007 Informações da inteligência da Força Nacional de Segurança indicam que ele foi para o Nordeste, mais precisamente para Fortaleza no Ceará. No dia 15 de setembro de 2011 a mídia local catarinense publicou que Pedrinho Matador foi preso em sua casa na zona rural, onde trabalhava como caseiro, em Balneário Camboriú, litoral catarinense. Segundo o telejornal RBS notícias, ele terá que cumprir pena por acusações como motim e cárcere privado.



Pedrinho Matador foi recapturado em 14 de setembro de 2011, na cidade turística de Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina. O criminoso, que diz ter matado mais de cem pessoas, inclusive o pai, foi detido em casa por volta das 11h, por agentes policiais civis da Divisão de Investigações Criminais da cidade de Balneário Camboriú. O agente policial civil que o localizou conta: "recebi informações anônimas que Pedrinho Matador estaria escondido em um sítio no município de Camboriú. De posse desta informação foram efetuadas diligências para localizar com maior precisão o local aonde Pedrinho estaria e se realmente era o referido. Confirmada a informação nos deslocamos até a região e efetuamos a prisão."





Segundo a delegada Luana Backes, da Divisão de Investigações Criminais de Balneário Camboriú, Pedrinho Matador já cumpriu a pena pelos homicídios — mais da metade cometidos dentro da cadeia — mas foi condenado novamente em agosto deste ano por participação em seis motins e por privação de liberdade de um agente carcerário durante uma das rebeliões.



Por causa da lista de crimes e do comportamento na cadeia, entrou para a lista dos assassinos em série citados pela escritora Ilana Casoy no livro Serial Killer - Made in Brazil. A publicação conta histórias de bandidos como Vampiro de Niterói e Chico Picadinho.

Segundo as leis penais brasileiras, uma pessoa deve ser colocada em liberdade após cumprir 30 anos de prisão, mas um decreto de 1934, assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, permite que psicopatas possam ser mantidos indefinidamente em estabelecimentos psiquiátricos para tratamento, o que mostra o caráter arcaico das leis brasileiras perante o aumento da criminalidade e o surgimento de novas formas de crime.




Para reforçar o ar ameaçador, o aviso: 'Mato por prazer'
O cidadão Pedro Rodrigues Filho é muito considerado em sua comunidade. Na Penitenciária do Estado, em São Paulo, é uma espécie de ídolo. Num ambiente em que 16% dos moradores já mataram alguém e as pessoas têm apelidos como Fumacê, Leprinha e Nego Baitola, é a ele que chamam, com reverência, de Pedrinho Matador. Maior homicida da história do sistema prisional, ele se orgulha de ter assassinado mais de 100 pessoas, inclusive o próprio pai

Sua especialidade é esfaquear a vítima no abdome. Já matou na rua, no refeitório, na cela, no pátio e até no 'bonde' - o camburão, na linguagem dos bandidos.

Aos 48 anos, o criminoso é o produto máximo do sistema carcerário brasileiro. No período que passou atrás das grades, Pedrinho viveu de acordo com as regras não escritas que governam as cadeias brasileiras. Transgrediu apenas uma sobreviveu. Dificilmente um encarcerado dura tanto tempo.

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